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Irã X Israel: Como Israel consegue se proteger de mísseis do Irã com Domo de Ferro.

imagens impressionantes do ataque do Irã a Israel.



Oriente Médio vive escalada de tensões: Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel nesta terça-feira (1) como resposta aos ataques de Israel ao grupo terrorista Hezbollah. Embora atue no Líbano, grupo é financiado pelo regime iraniano.


O Irã lançou mísseis em direção a Israel nesta terça-feira (1º), fazendo sirenes de alerta soarem em todo o território. O governo de Netanyahu disse que responderá "no momento certo", enquanto a ONU alertou para a escalada do conflito.


Há relatos de feridos e mortos em ataque a tiros na região de Jaffa, no sul de Tel Aviv.



Dezenas de mísseis foram lançados pelo Irã na noite desta terça-feira (01/10), no horário local, contra o território israelense. Mas desde o começo da ofensiva não há nenhum registro confirmado de que mísseis tenham atingido áreas habitadas.


Especialistas dizem que isso ocorre graças ao sistema de defesa antimísseis de Israel, o Domo de Ferro, segundo correspondentes da BBC em Jerusalém.


O sistema usa radares para rastrear foguetes e pode diferenciar entre aqueles que têm probabilidade de atingir áreas construídas e aqueles que não têm.

Como funciona o Domo de Ferro?


O Domo de Ferro foi projetado para proteger contra armas de curto alcance e opera em todas as condições climáticas.



O sistema usa radar para rastrear foguetes e pode diferenciar entre aqueles que têm probabilidade de atingir áreas construídas e aqueles que não têm.


Foguetes interceptadores são disparados apenas contra mísseis que deverão atingir áreas povoadas, segundo os responsáveis.


O sistema consiste em baterias localizadas em Israel, cada uma com três a quatro lançadores que podem disparar 20 mísseis interceptadores. Existem versões fixas e móveis do sistema.


Os interceptores são lançados verticalmente a partir dessas unidades móveis ou estacionárias. Eles então detonam os mísseis no ar.


Veja abaixo um detalhamento do contingente de caças dos países, segundo levantamento do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).

Israel tem 340 caças, entre eles os seguintes modelos e versões:


  • 196 F-16 (modelos C, D e I);

  • 75 F-15 (modelos A, B, C, D e I);

  • 39 F-35 (modelo I Adir).


O Irã dispõe de 273 caças, entre eles os seguintes modelos e versões:


  • 69 F-5;

  • 55 F-4;

  • 35 Mig-29;

  • 29 SU-24;

  • 18 F-7;

  • 12 Mirage F-1;

  • 10 F-14;

  • 8 SU-22 (da Guarda Revolucionária iraniana);

  • Ao menos 6 RF-4E;

  • Até 6 HESA Azarakhsh;

  • 6 HESA Saegheh;

  • 3 P-3F.


O que aconteceu:


Tropas israelenses iniciaram ataques terrestres "localizados e direcionados" contra alvos do Hezbollah e infraestruturas que seriam do grupo no Líbano. Segundo as IDF, as ações ocorrem em povoados perto da área fronteiriça do sul no Líbano e que "representam uma ameaça imediata para as comunidades israelitas no norte de Israel". De acordo com as IDF, a escolha dos alvos foi baseada em "informações precisas".


Hezbollah diz que Israel não conseguiu avançar. Às 21h12 (horário de Brasília), o grupo extremista declarou que "até o momento, Israel falhou miseravelmente em avançar pelas fronteiras libanesas."


Ataques israelenses continuarão no Líbano, diz exército. "As forças israelenses seguirão atacando, prejudicando e degradando as capacidades militares do Hezbollah" no país.


Eles ainda afirmaram que as ações seguem um plano metódico estabelecido pelo governo e pelo Comando das IDF no Norte. Israel também acrescentou que os soldados "treinaram e se prepararam" para essa tarefa nos últimos meses, e que a Força Aérea e a artilharia das IDF prestam apoio nos trabalhos feito em solo.


Operação terrestre foi aprovada em reunião de gabinete de segurança israelense na noite desta segunda-feira (horário local). Segundo o site Axios, duas autoridades israelenses ouvidas apontaram que a decisão do gabinete enfatizou que a operação é direcionada e limitada em tempo e escopo, não tendo o objetivo de ocupar o sul do Líbano.


Ações militares no Líbano seguirão mediante avaliação da situação. Paralelamente, os ataques em Gaza e outras áreas também continuarão, informaram as IDF, em comunicado. "As forças israelenses continuam a operar para atingir os objetivos da guerra e fazem tudo o que é necessário para defender os cidadãos de Israel e devolver a população do norte às suas casas."


Imagens mostram incêndios em diversas áreas atingidas por ataques israelenses. Em uma delas, é possível ver fogo em uma área alvo de um ataque aéreo em um bairro no subúrbio ao sul de Beirute. Moradores locais da cidade libanesa de Aita al-Shaab, na fronteira, relataram bombardeios pesados e o som de helicópteros e drones sobrevoando o local.



Histórico


Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.

Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:


  1. Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.

  2. A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.

  3. Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando "uma nova fase na guerra".

  4. Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.

  5. Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.

  6. Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.

  7. Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah por meio de um bombardeio em Beirute.

  8. Israel invade o Líbano e faz primeiros ataques em Beirute, capital do país.

  9. Irã ataca Israel com mísseis.


Na semana passada, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que militares estavam se preparando para uma possível operação terrestre no Líbano. Bombardeios aéreos executados pelos israelenses seriam indícios de uma preparação de terreno.



Sete de outubro de 2023 marcou o início do conflito entre Israel e o Hamas, que rapidamente se expandiu, com o grupo terrorista recebendo apoio de outras facções armadas do Oriente Médio, como o Hezbollah e os Houthis- treinados e financiados pelo Irã.


 
 
 

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